Há cinco meses, Habibullah Shariatee, um jovem refugiado afegão de 20 anos, foi contratado para integrar a equipe do renomado Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Como assistente administrativo, o jovem, que chegou no Brasil em 2023, desempenha um papel fundamental no seu trabalho, dando suporte à organização, administração de documentos, protocolos e realizando tarefas administrativas gerais.
Sua jornada é um testemunho de sua resiliência. Habibullah veio ao Brasil com sua mãe, dois irmãos e uma irmã. Receberam apoio de organizações como a Estou Refugiado – apoiada pelo Phi, onde viveram num coliving –, além da Missão Paz e do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM). Com dedicação, todos aprenderam o português com fluência e, agora, estão empregados.
Essa conquista é ainda mais significativa porque hoje já moram em um apartamento mantido por eles mesmos, fruto de seu próprio esforço e trabalho, no bairro de Santa Cecília. Há cerca de dois meses, após uma longa espera para emissão de passaporte, o pai de Habibullah finalmente pôde se reunir com a família no Brasil.
“Saímos do Afeganistão em 2023, a vida era muito difícil por causa do Talibã, por causa da guerra e também mulheres não podiam estudar ou trabalhar”, conta Habib, destacando que atualmente sua irmã, mais velha, também trabalha no Albert Einstein, na área de Segurança da Informação.
“Estou gostando muito do Brasil. No meu país, terminei o Ensino Médio, e pretendo continuar a estudar, fazer faculdade. Tenho bons amigos aqui e não me tratam diferente por ser imigrante”.
Sua história não é apenas um relato de superação, mas um poderoso lembrete da importância da diversidade e inclusão no ambiente corporativo. Ao acolher profissionais refugiados, empresas como o Hospital Albert Einstein não apenas ajudam a transformar vidas — elas reafirmam seu compromisso com a responsabilidade social e a construção de um mundo mais justo e humano.
