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Dicas de filmes, livros e mais – Agosto 2025

Agosto chegou, e com ele uma nova oportunidade de renovar ideias, repensar práticas e se inspirar com conteúdos que fortalecem quem atua no terceiro setor. Selecionamos livros, filmes, podcasts e séries que abordam temas essenciais como justiça social, inovação, gestão, equidade e transformação coletiva.

Confira a seleção e compartilhe com sua rede!

Livro

Como mudar o mundo

Autor:John-Paul Flintoff

Em Como mudar o mundo, o jornalista e ativista John-Paul Flintoff mostra que qualquer pessoa — com recursos limitados, ideias simples e muita vontade — pode provocar mudanças significativas na sociedade. Com uma linguagem leve e direta, o autor compartilha histórias inspiradoras de gente comum que decidiu agir diante de injustiças, crises ambientais e desigualdades sociais.

Flintoff desafia a ideia de que só grandes líderes ou ONGs estruturadas têm o poder de transformar o mundo. Pelo contrário: pequenas ações cotidianas, quando guiadas por propósito e consistência, podem desencadear grandes transformações. O livro também propõe reflexões práticas sobre responsabilidade individual, engajamento comunitário e criatividade como motor de mudança.

Uma leitura rápida, provocadora e otimista, perfeita para quem quer fazer a diferença — seja dentro de uma organização, em sua comunidade ou na própria rotina.

Saiba mais

 

Filme

Privacidade Hackeada (2019)

Direção: Jehane Noujaim e Karim Amer
Disponível na Netflix 

O documentário investiga o escândalo envolvendo a Cambridge Analytica e o Facebook, revelando como dados pessoais de milhões de usuários foram coletados e utilizados para influenciar eleições e campanhas políticas nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Por meio das narrativas de um professor que busca recuperar seus dados hackeados, uma ex-funcionária da empresa e a jornalista investigativa que denunciou o caso, o filme expõe os mecanismos de microtargeting e manipulação psicológica em massa. A partir dessas histórias entrelaçadas, a produção mostra o impacto do uso indevido de dados pessoais na política contemporânea.

O documentário vai além da denúncia: convida a uma profunda reflexão sobre a vulnerabilidade digital, os limites da democracia e a urgência de repensar políticas de privacidade e direitos humanos na era da informação

Série

Explicando

Explicando é uma série documental da Netflix, produzida em parceria com a Vox Media, que se propõe a abordar com clareza e profundidade os temas mais relevantes da atualidade. Cada episódio, com duração média entre 16 e 26 minutos, mergulha em um assunto distinto — como desigualdade salarial, criptomoedas, saúde mental, K-pop, dietas da moda, astrologia ou monogamia — e os apresenta de forma acessível e instigante, com base em entrevistas com especialistas e dados atualizados. A proposta da série é simples, mas poderosa: educar com dinamismo, sem abrir mão do rigor jornalístico. A linguagem visual moderna, inspirada no estilo ágil das redes sociais, torna os episódios visualmente atraentes e didáticos. Além disso, a narração muda a cada episódio, o que traz variedade e mantém o interesse do público.

Podcast

Tá captando? com Daiane Dultra

Apresentado por Daiane Dultra, diretora da Painá, o Tá, Captando? é um podcast que mergulha nos temas mais atuais da captação de recursos, com conversas leves e profundas com convidados e convidadas que vivem o dia a dia do terceiro setor.

Parte de um projeto maior de democratização do conhecimento, o podcast busca tornar a captação mais acessível e inovadora, apoiando organizações sociais que buscam fortalecer sua sustentabilidade e autonomia financeira.

Ideal para quem quer aprender, se atualizar e transformar suas práticas de mobilização de recursos.

Ouça o podcast: https://open.spotify.com/show/7gdGoe4LYUCdlZa7d4xbfQ

Plataforma de Patrocínios Claro

A Claro apoia iniciativas que geram valor para a sociedade e promovem conexões por meio da cultura, do esporte, da inovação e dos negócios. O objetivo é contribuir para experiências que impactam o presente e ajudam a construir o futuro.

Onde a Claro atua:

  • Cultura: eventos como shows, festivais, cinema, teatro, gastronomia e cultura pop.

  • Esporte: tênis, automobilismo, e-sports, corridas de rua e futebol.

  • Inovação & Negócios: ações de empreendedorismo, inclusão digital e sustentabilidade.

Acesse o link e saiba mais: https://www.claro.com.br/institucional/patrocinios

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Pesquisa Doação Brasil 2024 – IDIS

Conheça os resultados da 4ª edição da maior pesquisa nacional sobre hábitos de doação, coordenada pelo IDIS e realizada pela Ipsos. Este ano, o estudo traz um capítulo inédito sobre doações emergenciais, revelando tendências e comportamentos que moldam a cultura de doação no país.

Você sabia?

  • 78% dos brasileiros doaram em 2024
  • 43% doaram dinheiro para ONGs, campanhas ou grupos organizados
  • 49% já deixaram de fazer doação porque viram alguma notícia negativa
  • 50% doaram para situações emergenciais

📖 A publicação completa está disponível em: https://pesquisadoacaobrasil.org.br/

 

 

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Artigo Observatório do Terceiro Setor: ‘Faça o que eu digo e o que eu faço’: boas práticas, mesmo para pequenas OSCs

No universo do terceiro setor, adotar boas práticas de governança, transparência e sustentabilidade não é apenas uma questão ética, mas uma forma de garantir a confiança e o resultado duradouro da organização. Muitas práticas são acessíveis e podem ser adotadas mesmo por OSCs pequenas, que buscam aprimorar sua gestão e atuar de forma responsável. A seguir, compartilho algumas dessas práticas que, no Phi, temos adotado com sucesso. Espero que seja uma boa forma de inspirar outras organizações a fazerem não só o que eu digo, mas também o que eu faço.

Governança e Transparência: Uma boa governança começa com uma estrutura clara e eficaz. No Instituto Phi, sabemos que prestar contas de forma clara e acessível é crucial para manter a confiança de doadores, beneficiários e da sociedade. Por isso, além de uma governança bem definida, contratamos uma auditoria externa para revisar nossas demonstrações contábeis. Disponibilizamos nossos relatórios anuais, balanços financeiros e auditorias de forma pública e acessível em nossa página de Transparência, para garantir que qualquer pessoa possa acompanhar como gerenciamos os recursos recebidos. Se ainda não tem recursos para essa contratação, que tal tentar se candidatar em alguns programas pro bono de empresas de auditoria?

Compliance, a integridade em ação: Para uma gestão responsável, é essencial ter mecanismos que garantam a integridade das operações e a identificação de riscos potenciais. No Instituto Phi, criamos uma área de compliance e política anticorrupção em nosso site com um Canal de denúncias, permitindo que funcionários, parceiros e até mesmo a comunidade possam reportar de forma anônima qualquer situação de fraude, corrupção, assédio ou discriminação. Contamos com um Comitê de Ética formado por membros internos e externos para garantir imparcialidade nas análises e ações relacionadas a essas denúncias.

Integrar o Pacto Global: Em 2024, o Instituto Phi se uniu ao Pacto Global da ONU, um movimento que visa alinhar operações às melhores práticas globais em direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Ao ingressar no Pacto, o Instituto se compromete a reportar anualmente seus progressos em relação aos 10 Princípios Universais, incentivando a evolução constante e a adoção de práticas cada vez mais responsáveis e sustentáveis. As organizações que quiserem fazer parte do Pacto Global podem encontrar mais informações em pactoglobal.org.br.

Reduzir o consumo e reciclar: Reduzir o desperdício e promover a reciclagem não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para preservar os recursos naturais. No Instituto Phi, adotamos práticas simples, como a parceria com o Ciclo Orgânico, um negócio social que coleta resíduos orgânicos do nosso escritório e os transforma em adubo para o solo. A cada semana, recebemos um novo balde vazio, enquanto o balde cheio de resíduos orgânicos é levado para compostagem, contribuindo para a redução de lixo em aterros.

Compensando o impacto ambiental: Reconhecemos que até mesmo as operações mais sustentáveis têm impacto no meio ambiente, especialmente quando se trata das emissões de carbono. No Instituto Phi, compensamos as nossas emissões adquirindo créditos de carbono por meio da plataforma Compensa, que calcula a pegada ecológica do nosso escritório. Escolhemos um projeto de reflorestamento na Amazônia para neutralizar nossas emissões, contribuindo ativamente para a preservação ambiental.

Luiza Serpa é fundadora e diretora executiva do Phi e colunista mensal do Observatório do Terceiro Setor, onde escreve sobre filantropias ativas. Este artigo foi originalmente publicado no Observatório do Terceiro Setor. Você pode conferi-lo na íntegra no site do Observatório: https://observatorio3setor.org.br/faca-o-que-eu-digo-e-o-que-eu-faco-boas-praticas-mesmo-para-pequenas-oscs/

 

Em entrevista para a Revista Agora, Luiza Serpa fala sobre o presente e futuro da filantropia

Luiza Serpa, fundadora e diretora executiva do Instituto Phi, foi destaque na edição de julho da Revista Agora, da Ago Social. Na entrevista, ela compartilhou reflexões sobre o presente e o futuro da filantropia. Confira!

O PRESENTE E O FUTURO DA FILANTROPIA
Com Luiza Serpa
Por Fabíola Melo

 

Luiza Serpa fala sobre os desafios da cultura de doação no Brasil e o amadurecimento do setor

Há mais de uma década realizando um trabalho indispensável de interlocução entre doadores, investidores e projetos sociais, o Instituto Phi atua hoje a partir da ideia de “filantropia ativa”, um termo que representa uma filantropia buscando encontrar novos caminhos para trazer mais gente para perto, que pode ser surpreendida e tentar cobrir lacunas que existem. O que se representa também no papel do Phi, que une o que cria soluções sociais e metodologias com o que viabiliza esses recursos e os impulsiona.

Nesta entrevista, Luiza Serpa, fundadora e diretora do Instituto Phi, reflete sobre o amadurecimento da cultura da doação no Brasil, os desafios e a sustentabilidade no terceiro setor e se considera otimista para o futuro.

Ao longo de onze anos, quais certezas se consolidaram para você a respeito da geração de impacto?
O que eu gosto sempre de dizer é que já sabia, mas agora consigo comprovar: dentro do setor, a maioria é de pessoas boas, tentando fazer o melhor possível dentro de cada realidade. Essa constatação é muito importante para não haver nenhuma dúvida quanto à importância e à capacidade das organizações sociais no Brasil. A gente está falando de lideranças comunitárias que conseguem fazer muito com muito pouco. Imagine se essas pessoas tivessem mais oportunidades, o potencial seria ainda maior. Outra certeza é de que a relação muito próxima que nós temos com os projetos é a melhor forma de fortalecê-los. Além disso, precisamos deixar que eles mostrem quais são os caminhos (em vez de chegarmos com uma receita pronta) e estarmos ali para dar suporte.

Quais mudanças significativas na filantropia você percebeu nesses últimos anos? Podemos dizer que a cultura de doação amadureceu no Brasil?
Sim, de forma mais lenta do que gostaríamos, mas acredito que sim. Nós falamos muito mais dessas temáticas hoje do que se falava há dez anos. Vejo evolução até mesmo pelos números do Phi: ao longo do tempo, o crescimento de doadores e do valor financeiro mostra que mais gente está se importando e buscando caminhos. Outro fato é que o setor vem se profissionalizando e se consolidando. E ainda, temos o fato de que muitos empresários já entendem que não dá mais para ficar de fora da conversa. Eu acredito também que as novas gerações começam a influenciar as decisões dos negócios, da família, e estão preocupadas se haverá futuro. Sem contar no milhões de mulheres nessa transição! Portanto, eu confio nessa mudança de mãos do dinheiro.

Quais você considera os maiores obstáculos para a filantropia hoje no Brasil?
O primeiro é o egoísmo do ser humano, de maneira geral. Talvez um grande medo de escassez, o que faz com que, mesmo tendo muito, a pessoa continue acumulando. Essa é uma grande barreira, essa falta de consciência a respeito dos danos causados pela desigualdade absurda em que vivemos. Tudo isso foi historicamente construído, causando um enorme distanciamento do senso de coletividade. Vai da educação, é questão de consciência e valores pessoais (eu gasto no final de semana uma fortuna em uma garrafa de vinho, mas o mesmo valor para outra coisa, acho demais). Outra questão é que não temos leis no país que incentivem a doação. Mas, se de fato, a gente estivesse preocupado com isso, essas leis seriam criadas. Uma sociedade que se preocupe e queira uma mudança vai criar os ambientes favoráveis para isso, assim como algumas coisas já avançaram nesse sentido.

Quais tendências você acredita que vão marcar o futuro da filantropia e do investimento social privado no Brasil?
As doações coletivas podem ser uma tendência — quando grupos se juntam para doar a alguma causa ou projeto específico. Também estamos avançando muito para a filantropia baseada em confiança, reduzindo a burocracia e a sobrecarga para uma organização social prestar contas. No Phi, passamos muito tempo repensando esse formato para reduzir um pouco essa carga. A mudança de geração que está vindo também deve trazer novas tendências. Outro fator são as emergências ligadas às mudanças climáticas. A consciência coletiva de que elas mudam completamente um determinado lugar e afetam a todos pode ser um caminho. Acredito, ainda, que as pequenas e médias empresas também passarão a doar, percebendo que não são somente as grandes corporações que podem fazer isso. Por fim, tem uma tendência de que outras organizações semelhantes comecem a se aproximar, também propondo novos formatos de atuação e colaboração.

Como aproximar a filantropia e o investimento social privado da construção de modelos de sustentabilidade para as organizações sociais?
Essa é uma discussão antiga, mas acredito que também avançamos nessas conversas para entender que uma organização bem estruturada consegue ter melhores resultados. Os apoios pontuais não sustentam ninguém. Essa discussão já se ampliou, o que faz parte da construção de uma filantropia e de uma cultura de doação mais sólida. Havia muito medo de se falar sobre isso, até para não perder a doação completa, e as organizações ainda têm receio e dificuldade de mostrar os custos reais. A gente vive muito isso no Phi: a própria organização vai negligenciando o ideal de custos para ela funcionar bem, porque sente que pode ser uma afronta citar o valor real. Só que os doadores são pessoas que vivem no mundo real e sabem o quanto as coisas custam. Por isso, é muito ruim deixar de ter conversas francas sobre os custos. Falar sobre isso de forma transparente, além de ter esses cálculos de custos bem feitos internamente, são um bom caminho.

Como você vê essas atuações em rede? Qual é a importância dessa prática?

Eu concordo totalmente com o que se diz: que este é o único caminho possível, trabalhar em rede, se fortalecer e fazer juntos. Só que, na hora 

de sentar à mesa para colocar em prática, isso funciona mal. Acontece porque, no final das contas, cada um está olhando para o próprio umbigo, querendo salvar a sua própria organização ou ter uma ideia que se destaque mais. O ego atrapalha a construção coletiva. Muita gente já está mudando essa mentalidade, tentando encontrar pontos comuns para o fortalecimento. É uma turma que tem menos necessidade de palco. Por isso, as colaborações que não aparecem muito, às vezes, são as que mais funcionam.

Para ler essa e outras matérias, acesse: https://conteudo.agosocial.com.br/revista-agora-assinatura-ed-impressa

 

Justiça tardia, mas essencial: a libertação de Antônia Edilene

Rio de Janeiro

Antônia Edilene, auxiliar administrativa de Fortaleza, viveu um pesadelo que durou quase três anos — e que começou com uma dor ainda maior: o abuso sexual sofrido por sua filha em 2012. O agressor, seu então companheiro, cometeu o crime de forma covarde, destruindo a confiança e a paz de uma família. Ao tomar conhecimento do que havia acontecido, Edilene agiu com a coragem de uma mãe: enfrentou o agressor,

foi até o local de trabalho dele, exigiu respostas, rompeu imediatamente o relacionamento e o expulsou de casa, proibindo qualquer novo contato com a filha.

Mesmo diante dessa atitude firme, quase dez anos depois, em 2021, Edilene foi surpreendida com uma condenação por omissão — sem provas concretas, sem depoimentos que a incriminassem. Foi presa injustamente, acusada de não ter feito o suficiente, quando, na verdade, foi a primeira a proteger sua filha.

Enquanto estava atrás das grades, sua filha, agora adulta, nunca desistiu. Procurou apoio na Defensoria Pública do Ceará e no Innocence Project Brasil — organização apoiada pelo Phi que busca reverter erros do judiciário — e juntos buscaram a verdade, reuniram provas e reconstruíram os fatos.

Em junho de 2022, o verdadeiro culpado foi preso no Rio de Janeiro e condenado a 14 anos de prisão. E, finalmente, em agosto de 2024, após dois anos e sete meses de dor e espera, Edilene foi libertada. Um mês depois, sua inocência foi reconhecida por unanimidade pelo Tribunal de Justiça do Ceará. A decisão destacou o trabalho exemplar da Defensoria e o compromisso com a reparação de uma profunda injustiça.

Hoje, Edilene é símbolo de resistência e fé na justiça — mesmo quando ela tarda a chegar.

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Uma nova vida longe da guerra: o recomeço de um jovem refugiado

Rio de Janeiro

Há cinco meses, Habibullah Shariatee, um jovem refugiado afegão de 20 anos, foi contratado para integrar a equipe do renomado Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Como assistente administrativo, o jovem, que chegou no Brasil em 2023, desempenha um papel fundamental no seu trabalho, dando suporte à organização, administração de documentos, protocolos e realizando tarefas administrativas gerais.


Sua jornada é um testemunho de sua resiliência. Habibullah veio ao Brasil com sua mãe, dois irmãos e uma irmã. Receberam apoio de organizações como a Estou Refugiado – apoiada pelo Phi, onde viveram num coliving –, além da Missão Paz e do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM). Com dedicação, todos aprenderam o português com fluência e, agora, estão empregados.


Essa conquista é ainda mais significativa porque hoje já moram em um apartamento mantido por eles mesmos, fruto de seu próprio esforço e trabalho, no bairro de Santa Cecília. Há cerca de dois meses, após uma longa espera para emissão de passaporte, o pai de Habibullah finalmente pôde se reunir com a família no Brasil.


“Saímos do Afeganistão em 2023, a vida era muito difícil por causa do Talibã, por causa da guerra e também mulheres não podiam estudar ou trabalhar”, conta Habib, destacando que atualmente sua irmã, mais velha, também trabalha no Albert Einstein, na área de Segurança da Informação.


“Estou gostando muito do Brasil. No meu país, terminei o Ensino Médio, e pretendo continuar a estudar, fazer faculdade. Tenho bons amigos aqui e não me tratam diferente por ser imigrante”.


Sua história não é apenas um relato de superação, mas um poderoso lembrete da importância da diversidade e inclusão no ambiente corporativo. Ao acolher profissionais refugiados, empresas como o Hospital Albert Einstein não apenas ajudam a transformar vidas — elas reafirmam seu compromisso com a responsabilidade social e a construção de um mundo mais justo e humano.

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Tem um projeto incentivado com captação em 2025 e execução em 2026?

Você tem um projeto aprovado por Leis de Incentivo Fiscal e pronto para captar recursos em 2025, com execução prevista para 2026? Então atenção! 

A Rede D’Or está em busca de iniciativas que promovam o desenvolvimento social, ambiental, educacional e cultural em diversas regiões do país — e o seu projeto pode ser um deles.​

 Áreas de atuação:​
Alagoas, Bahia, Ceará, DF, Maranhão, MS, MG, Pará, Paraíba, Paraná, PE, RJ, SP e Sergipe​

Leis de Incentivo válidas:​
✔️ Fundo da Infância e Adolescência (FIA)​
✔️ Fundo do Idoso​
✔️ PRONON​
✔️ PRONAS​
✔️ Lei do ISS-RJ​
✔️ Lei do ISS-Salvador​

📝 Inscreva seu projeto até 30/09/2025 no formulário de curadoria da Rede D’Or e tenha a chance de ampliá-lo com o apoio de um parceiro comprometido com a transformação social.​

Acesse o link e preencha o formulário: https://forms.office.com/r/pk3CnNurxM​

 

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Dicas de filmes, livros e mais – Julho 2025

Em meio à correria do dia a dia, este é um bom momento para renovar ideias, ampliar repertórios e se inspirar com histórias que conectam saberes, territórios e transformações sociais.

Se você atua no terceiro setor, no investimento social ou em iniciativas comunitárias, essa seleção de livros, filmes, séries e podcasts foi feita para provocar reflexões, fortalecer práticas e alimentar a vontade de seguir fazendo a diferença.

São conteúdos que abordam temas como justiça social, equidade, educação, diversidade e engajamento comunitário – ideais para quem busca agir com mais consciência e propósito.

Livro

Quando me descobri negra

Autor: Bianca Santana

Com textos curtos, pessoais e impactantes, Bianca Santana narra sua jornada de autorreconhecimento como mulher negra em um país onde o racismo é cotidiano e velado. A obra mescla relatos autobiográficos, ficção e crítica social para abordar temas como letramento racial, aceitação do corpo, ancestralidade e desigualdades estruturais. Com a frase marcante “Tenho trinta anos, mas sou negra há dez”, a autora revela o impacto do racismo em diferentes contextos — da infância na escola à vida adulta no mercado de trabalho. A obra se tornou um marco na formação antirracista de leitores negros e brancos, inspirando o fortalecimento da identidade negra e o engajamento na luta por uma sociedade mais justa.

Saiba mais

 

Filme

A Cor Púrpura – 2023

Dirigido por Blitz Bazawule, com roteiro de Marcus Gardley, o longa é uma adaptação musical do romance de Alice Walker e do musical da Broadway, produzido por nomes como Oprah Winfrey, Steven Spielberg e Quincy Jones.

Neste drama musical ambientado no Sul dos Estados Unidos do início do século XX, acompanhamos a vida de Celie, interpretada por Fantasia Barrino, que sofre com abusos desde a infância e é forçada a se casar com um homem cruel.  A narrativa se desenrola ao longo de décadas, narrada por meio de cartas e transformada em uma trajetória de resiliência, sororidade e reinvenção pessoal.

Em sua jornada, Celie encontra apoio em mulheres como Shug Avery (Taraji P. Henson) e Sofia (Danielle Brooks), que juntas formam uma irmandade capaz de transformar suas vidas com afeto, coragem e poder coletivo

A produção se destaca pela combinação de drama intenso e números musicais vibrantes, reforçando uma narrativa sobre trauma, resistência e liberação emocional

Disponível  no streaming HBO MAX.

Podcast

Conecta Terceiro Setor – Escola Aberta do Terceiro Setor

Luiza Serpa, fundadora e diretora executiva do Phi, participou do episódio #115 – Conecta Desenvolvimento da prática da filantropia no Brasil do podcast Escola Aberta do Terceiro Setor. Durante a conversa, Luiza contou sobre a experiência do dia a dia do Instituto Phi e sugeriu melhoras práticas de governança, gestão e captação de recursos para as Organizações da Sociedade Civil.

Ouça o episódio: https://open.spotify.com/episode/3Yc7Do6Q8pwyh1gK0cZVj0?si=1bVCuoqZS2G26uI-vioPLA

Artigo Observatório do Terceiro Setor: Tendências da filantropia para 2025: o futuro do impacto social

filantropia está em constante transformação, ajustando-se às novas exigências sociais, políticas e ambientais de um mundo em mudança. No Instituto Phi e nas redes filantrópicas globais das quais participo, vivencio um crescente movimento de organizações da sociedade civil (OSCs), empreendedores sociais e doadores que vêm adotando abordagens inovadoras para gerar um impacto mais duradouro e significativo nas comunidades.

Recentemente, participei de uma apresentação com o consultor e pesquisador na área de filantropia e investimento social, Cassio Aoqui, na qual ele apresentou tendências que estão moldando o papel da filantropia e que prometem se destacar em 2025, com atenção especial para o legado familiar e a convergência com práticas empresariais.

A questão climática, a promoção da diversidade, a participação comunitária e a justiça social são causas essenciais nesse cenário, mas existem muitas outras tendências emergentes. Convido você a refletir sobre essas mudanças e a explorar comigo as temáticas que estarão no centro da filantropia nos próximos anos. Confira a seguir:

  1. Apoio à infraestrutura de OSCs

O fortalecimento organizacional das OSCs é fundamental para garantir a sua eficácia e resiliência, especialmente em tempos desafiadores. Investir no desenvolvimento institucional dessas organizações, desde a captação de recursos até o cuidado com a saúde mental da equipe, é essencial para a continuidade do trabalho social de qualidade.

  1. Adoção de filantropia baseada em confiança (trust-based philanthropy)

A filantropia baseada em confiança visa reduzir a burocracia e promover a autonomia das organizações sociais. Com mais liberdade para implementar suas estratégias e projetos, elas se tornam mais ágeis na resposta às necessidades locais, criando um impacto mais rápido e sustentável. Esse modelo fortalece a relação entre doadores e beneficiários, baseando-se em confiança mútua para alcançar objetivos comuns. 

  1. Foco em doações multigeracionais

Ao envolver as novas gerações no processo de tomada de decisão, as doações representam inovação e adaptação às mudanças sociais e culturais. Isso também assegura que o impacto filantrópico tenha continuidade ao longo do tempo, ajudando a adaptar-se às necessidades emergentes das comunidades.

  1. Uso de Inteligência Artificial (IA)

A inteligência artificial se revela revolucionária na rastreabilidade e integridade dos dados de impacto e vem permitindo mapear demandas, agilizar respostas a emergências e tomar decisões mais assertivas por meio da análise de dados, otimizando recursos e ampliando o impacto social.

  1. Filantropia focada em diversidade, equidade e inclusão (DEI)

Ao priorizar práticas que promovam a promoção da diversidade, equidade e inclusão, a filantropia combate desigualdades sistêmicas, tornando a sociedade mais inclusiva e acessível para todos, independentemente de raça, gênero, classe ou identidade.

  1. Filantropia para questões climáticas

Com as crescentes preocupações em torno da sustentabilidade do planeta, a filantropia investe em iniciativas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, especialmente em comunidades vulneráveis, buscando garantir que as futuras gerações possam viver em um planeta mais saudável e resiliente.

  1. Integração de investimento de impacto

A integração de critérios ESG (ambientais, sociais e de governança) nas decisões filantrópicas é uma tendência crescente. O investimento de impacto visa combinar retorno financeiro com impacto social, alinhando os valores familiares e empresariais com investimentos que promovem mudanças positivas e duradouras.

  1. Filantropia colaborativa

A filantropia colaborativa envolve alianças entre doadores, organizações e outros parceiros para maximizar os recursos em causas comuns. Ao unir forças, os doadores podem criar um impacto maior, abordando questões urgentes como inclusão produtiva e insegurança alimentar de forma mais eficiente.

  1. Transparência e comunicação

A prática de uma comunicação ativa sobre metas, processos de doação e resultados alcançados reforça a confiança entre os doadores, as OSCs e as comunidades beneficiadas. A comunicação clara e aberta também fortalece a credibilidade das organizações, garantindo que as partes envolvidas compreendam o impacto e os resultados das iniciativas.

  1. Participação comunitária no grantmaking (decolonialidade)

A participação das comunidades nas decisões sobre doações e projetos filantrópicos é uma tendência crescente que garante que as pessoas afetadas pelos projetos tenham voz ativa nas escolhas que impactam suas vidas. Isso assegura que as estratégias filantrópicas sejam mais bem alinhadas às necessidades locais, promovendo uma abordagem mais inclusiva e eficaz.

  1. Justiça social como prioridade

justiça social emerge como uma das prioridades centrais na filantropia. Ao apoiar iniciativas que abordam desigualdades estruturais, a filantropia tem o poder de criar uma base mais justa e acessível para todos. A luta por equidade é fundamental para um futuro mais inclusivo e igualitário, onde todos tenham as mesmas oportunidades de prosperar.

  1. Desenvolvimento para economia digital

A capacitação em habilidades digitais para populações vulneráveis tem ganhado relevância na filantropia. Ao promover a inclusão digital, especialmente entre jovens e comunidades marginalizadas, a filantropia prepara essas populações para a economia do futuro, oferecendo novas oportunidades de emprego e aprendizado.

  1. Filantropia para grandes desafios

Envolve investimentos em soluções ambiciosas e inovadoras para problemas globais de difícil resolução. Esse tipo de filantropia tem o objetivo de promover avanços significativos em questões complexas, mesmo com riscos elevados. É uma abordagem que incentiva a ousadia e a busca por soluções disruptivas para os grandes desafios da humanidade.

  1. Envelhecimento da população

Com o aumento da expectativa de vida, é essencial promover o envelhecimento ativo, incentivar a participação cidadã e implementar estratégias focadas na prevenção de doenças, garantindo uma melhor qualidade de vida para a população idosa.

Luiza Serpa é fundadora e diretora executiva do Phi e colunista mensal do Observatório do Terceiro Setor, onde escreve sobre filantropias ativas. Este artigo foi originalmente publicado no Observatório do Terceiro Setor. Você pode conferi-lo na íntegra no site do Observatório: https://observatorio3setor.org.br/tendencias-da-filantropia-para-2025-o-futuro-do-impacto-social/

Artigo Observatório do Terceiro Setor: Divulgar doação não é exibição: é inspiração

Já ouviram dizer que “o que uma mão dá, a outra não precisa ver”? Muita gente acredita que filantropia precisa ser assim: discreta, quase secreta. E quando influenciadores mostram suas doações, as críticas logo aparecem, dizendo que estão “querendo likes” ou só buscando visibilidade. Mas será que compartilhar uma boa ação é algo ruim? Ou é, na verdade, uma forma de inspirar mais pessoas a fazerem o bem?

Quando alguém que a gente admira faz algo positivo, dá aquela vontade de fazer igual, não é? Isso não é só “achismo”. Estudos mostram que nos inspiramos nas pessoas ao nosso redor, especialmente naquelas que consideramos exemplos. Na psicologia, isso tem nome: é a Teoria da Aprendizagem Social, de Albert Bandura. Quando um influenciador ou pessoa pública compartilha uma doação, os seguidores veem essa atitude como algo bacana, um comportamento positivo que eles também podem querer adotar.

Para os críticos, ao mostrar a doação, o gesto perde a sinceridade. Mas, calma lá. Uma pesquisa sobre a relação entre doar e o bem-estar do doador (Happiness Runs in a Circular Motion: Evidence for a Positive Feedback Loop between Prosocial Spending and Happiness, de Aknin, Dunn e Norton) destaca que ver o impacto da doação potencializa os sentimentos positivos. A pessoa se sente bem ao se ver reconhecida por suas ações, e isso só multiplica a motivação para continuar. Qual o problema nisso?

Em seu livro Norms in the Wild, a pesquisadora Christina Bicchieri mostra que, quando as pessoas veem exemplos de comportamentos desejáveis — como doações e ajuda ao próximo —, isso reforça esses comportamentos como uma norma social. A sociedade, então, tende a adotar atitudes mais generosas e colaborativas, pois o exemplo visível atua como um lembrete e uma inspiração.

Outro estudo, de comunicação, feito por Berger e Milkman, descobriu que ações que despertam emoção, como doações e voluntariado, chamam mais atenção e geram mais engajamento nas redes. Quando uma causa aparece nas redes sociais, ela alcança muito mais gente e, aos poucos, é como se todos estivessem sendo incentivados a fazer parte. E isso é ouro para o setor social! É aquele efeito em cadeia: um compartilha, o outro vê, e a corrente cresce.

Quem me conhece sabe que sempre digo que meu sonho estará realizado quando as doações forem o tema das conversas nos jantares entre amigos. Assim, quando alguém disser que não doa para nenhuma causa, todos acharão essa pessoa estranha.

Quando você compartilha sua filantropia, está criando um ciclo do bem. E as redes sociais, onde todo mundo já está conectado, se tornam ferramentas incríveis para espalhar essas ideias. É educação social e inspiração de forma prática e acessível. Quem vê, se inspira. Quem se inspira, pode transformar!

Luiza Serpa é fundadora e diretora executiva do Phi e colunista mensal do Observatório do Terceiro Setor, onde escreve sobre filantropias ativas. Este artigo foi originalmente publicado no Observatório do Terceiro Setor. Você pode conferi-lo na íntegra no site do Observatório: https://observatorio3setor.org.br/divulgar-doacao-nao-e-exibicao-e-inspiracao/

Case Futuro Bem Maior – Movimento Bem Maior

Movimento Bem Maior (MBM) lançou o Case Institucional do Futuro Bem Maior, reunindo dados e histórias de impacto das três primeiras edições do programa realizado desde 2019, em parceria com o Instituto Phi e o Instituto Phomenta.

A iniciativa já apoiou 166 organizações em 72 municípios, com recursos flexíveis, capacitações e acompanhamento técnico. Os resultados mostram que:

  • 83,5% mantiveram os projetos após o ciclo de apoio

  • 80% ganharam visibilidade nas comunidades

  • 76,1% melhoraram o atendimento ao público

  • 73,8% aprimoraram capacidades técnicas

  • 77% fortaleceram a autoestima institucional

O case reforça a potência da filantropia baseada em confiança, ao descentralizar recursos e apostar em quem vive os desafios nos territórios.


📖 A publicação está disponível em: movimentobemmaior.org.br/case-futuro-bem-maior

 

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