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Acelen Incentiva

A Acelen está com chamada aberta para apoiar projetos de impacto social e ambiental, alinhados às suas estratégias de ESG e comunicação. O programa Acelen Incentiva busca fortalecer iniciativas que promovam sustentabilidade, desenvolvimento comunitário e transformação social.

Temas prioritários:
✔️ Conservação da água
✔️ Educação
✔️ Segurança alimentar
✔️ Fortalecimento do setor de energia e refino

Abrangência:
Projetos em todo o estado da Bahia, com prioridade para as comunidades do entorno da Refinaria de Mataripe.

Quem pode participar:
Organizações da sociedade civil, fundações e outras pessoas jurídicas com sede no Brasil, cujos projetos estejam alinhados aos pilares de atuação da Acelen.

O que é oferecido:
Apoio financeiro por meio de:
Doações diretas
Patrocínios
Leis de incentivo fiscal
Tudo em sintonia com os valores, princípios e estratégias ESG da empresa.

Como se inscrever:
As propostas devem ser enviadas exclusivamente pelo site da Acelen, através do sistema online de seleção.

Saiba mais e inscreva-se: https://www.acelen.com.br/incentiva

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Guia Mol de Produtos Sociais – 2025

📗 O Guia MOL de Negócios Sociais 2025 está no ar e traz tudo o que você precisa saber sobre produtos sociais: itens que, ao serem comprados, geram doações para causas sociais e fortalecem organizações da sociedade civil.É o famoso compre-e-doe, mas com muito mais responsabilidade, impacto e propósito.

Um produto social pode ser:
🔹 Um item criado especialmente para beneficiar uma causa;
🔹 Um percentual da venda de produtos comuns revertido para ONGs;
🔹 Um produto feito por uma organização social;
🔹 Ou qualquer solução criativa que combine impacto e sustentabilidade.

Mas atenção:
Um produto social também deve ser um bom produto comercial.
✔ Viável economicamente
✔ Justo com quem produz, vende e consome
✔ Transparente na comunicação e prestação de contas
✔ Respeitoso com o meio ambiente e com a diversidade cultural

🌱 A criação do produto deve ser:
• Ambientalmente correta
• Socialmente justa
• Economicamente viável
• Culturalmente diversa

🛒 E a venda deve:
• Criar renda e oportunidades
• Valorizar o comércio justo
• Democratizar acessos
• Engajar pessoas em causas reais

🔍 Baixe o guia, inspire-se e repense o potencial de cada produto em sua organização ou iniciativa. Porque consumir também pode ser um ato de transformação social.

📖 A publicação completa está disponível em: https://www.guiamoldeprodutossociais.com.br/

 

 

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Dicas de filmes, livros e mais – Setembro 2025

Quer entender melhor os caminhos, desafios e potências da filantropia no Brasil e no mundo? Selecionamos livros, filmes e podcasts que ajudam a refletir sobre o papel da doação, o poder das redes de solidariedade e as novas formas de fazer filantropia com propósito, ética e impacto real.

Confira a seleção e compartilhe com sua rede!

Livro

Decolonizing Wealth

Autor: Edgar Villanueva

Em Decolonizing Wealth, Edgar Villanueva faz uma crítica profunda às estruturas da filantropia e do poder financeiro, mostrando como muitas práticas ainda carregam resquícios do colonialismo — não apenas em sua origem histórica, mas na maneira como decisões são tomadas, recursos são distribuídos e comunidades são ouvidas (ou não). 

O autor combina sua vivência pessoal como membro da tribo Lumbee com pesquisas, dados e histórias de organizações para expor como a “lógica do salvador” (“savior complex”), supremacia branca e desigualdade institucional persistem no setor filantrópico. Ele propõe que é possível transformar essa realidade por meio de uma abordagem que ele chama de “philanthropy reparativa”.

Para isso, Villanueva apresenta sete passos de cura (grieve, apologize, listen, relate, represent, invest e repair) que indivíduos e instituições podem seguir para restaurar equilíbrio, reconectar com comunidades historicamente marginalizadas e usar o dinheiro como um instrumento de justiça social e cura. 

O livro é uma convocação para repensar a filantropia não como ato de benevolência isolado, mas como parte de uma transformação estrutural: que leve em conta poder, pertencimento, reparação histórica e responsabilidade.

Saiba mais

 

Filme

Uncharitable (2023)

Direção: Stephen Gyllenhaal

O documentário parte da pergunta provocativa: e se tudo o que aprendemos sobre filantropia estiver errado? Inspirado no livro e TED Talk de Dan Pallotta, UnCharitable examina como organizações beneficentes nos EUA foram duramente criticadas, fiscalizadas ou descreditadas por “custos operacionais elevados” ou por não se manterem dentro dos padrões tradicionais de austeridade.

A narrativa mostra histórias reais de iniciativas que, apesar de resultados expressivos, sofreram com o estigma do “overhead” (gastos administrativos, salários, marketing etc.), e como isso prejudicou sua capacidade de crescer, inovar ou simplesmente manter impacto sustentado.

O filme propõe uma visão radicalmente diferente: ressignificar o que chamamos de “despesas operacionais” e permitir que instituições do terceiro setor tenham liberdade para investir em estrutura, escala, pessoal e inovação — sem serem julgadas apenas por métricas superficiais de economia extrema.

Podcast

Coisa de Rico – É Tudo Culpa da Cultura

O que a cultura tem a ver com desigualdade? No episódio “Coisa de Rico”, Michel Alcoforado provoca reflexões sobre como práticas culturais reforçam ou desafiam privilégios.

Neste episódio, o podcast analisa como hábitos, expressões artísticas e crenças culturais influenciam a manutenção (ou ruptura) das desigualdades sociais no Brasil. Uma conversa necessária para quem atua com impacto social, diversidade e cultura.

Ouça o podcast: 

 

Bets e Filantropia: Um debate Necessário  – Impacto na Encruzilhada

No episódio “Bets e Filantropia”, o podcast Impacto na Encruzilhada provoca: o que acontece quando a lógica das apostas sociais encontra os princípios da filantropia?

Fábio Deboni, Rodrigo Pipponzi e Daiany França discutem como as “bets”  desafiam as práticas tradicionais da filantropia. Um debate sobre risco, impacto e responsabilidade no campo social.

 

Luiza Serpa – Tanta Gente Legal

Luiza Serpa, fundadora e diretora executiva do Phi, participou do Podcast Tanta Gente Legal da RPM Comunicação. No bate-papo, ela compartilha sua trajetória no empreendedorismo, os aprendizados que a levaram a criar sua própria ONG, além de reflexões sobre o papel do terceiro setor, o empreendedorismo feminino e a importância da solidariedade para transformar realidades.

AlimentaLAB – Laboratório de Inovação em Políticas Públicas para Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis

O Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos no Brasil (WFP), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), abre inscrições para experiências de países do Sul Global no Laboratório de Inovação em Políticas Públicas para Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis – AlimentaLAB.

O objetivo é compartilhar experiências governamentais que promovam sistemas alimentares mais resilientes, saudáveis e sustentáveis, contribuindo para segurança alimentar e nutricional e mitigação dos impactos socioambientais e climáticos dos sistemas alimentares atuais.

A chamada é uma oportunidade para fortalecer políticas públicas, adaptar boas práticas a contextos regionais e locais, e fomentar cooperação internacional Sul-Sul.

📌 Mais informações e edital completo: disponível na Plataforma Prosas.
📧 Dúvidas: brazil.alimentalab@wfp.org

Acesse o link e saiba mais: 

https://prosas.com.br/editais/15828-alimentalab-laboratorio-de-inovacao-em-politicas-publicas-para-sistemas-alimentares-saudaveis-e-sustentaveis?locale=en#!#tab_vermais_descricao

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Artigo Observatório do Terceiro Setor: “Se gentileza e generosidade fossem ensinadas desde cedo, estaríamos melhor preparados para a vida?”

Por Luiza Serpa e Marina Pechlivanis

O mundo do “se” é um espaço de hipóteses e possibilidades. Mas já parou para pensar como seria a nossa vida se as pessoas fossem mais gentis em suas relações, mais generosas em suas doações e mais solidárias em suas decisões? Se a sustentabilidade fosse uma prática diária e a diversidade fosse valorizada? Se houvesse respeito mútuo e a cidadania fosse ativa, participativa e colaborativa?

Será que ensinar esses princípios desde cedo faria a diferença na sociedade, na política, na economia? Certeza, só experimentando.

O fato é que estamos vivenciando uma era sem precedentes de aceleração do tempo e das inovações tecnológicas, mas, em contrapartida, uma desaceleração das atitudes humanas e humanitárias que são essenciais para nosso sucesso não apenas como profissionais, mas como seres humanos. Da forma como está, é muito desafiador continuar. Depressão, burnout, infoxicação (intoxicação por excesso de informações), ansiedade, desnorteamento e impotência… E não é uma mazela só dos adultos: crianças e jovens fazem parte importante desse diagnóstico. Aonde chegaremos com essas sensações e sentimentos?

Não adianta idealizar utopias de um passado em que as pessoas eram melhores, nem projetar nas novas gerações um futuro aprimorado. É tempo de começar uma mudança de comportamento agora, e todos são corresponsáveis por isso. Existem soluções? Sim: soluções sistêmicas, para aplicar a partir da infância ou o quanto antes — sempre é tempo.

É exatamente isso que a Plataforma de Educação para Gentileza e Generosidade (EGG) oferece, por meio de metodologias, dinâmicas, campanhas, materiais de mobilização, estudos e pesquisas, atendendo a famílias, escolas, universidades, ambientes de trabalho e imprensa. Tudo acessível, qualificado e gratuito, com base em 7 princípios sociotransformacionais para colocar mais gentileza, generosidade, solidariedade, sustentabilidade, diversidade, respeito e cidadania em prática, todos os dias. Não por acaso, a EGG tem o apoio de recursos do Instituto Phi.

A ciência e a experiência comprovam: sim, se princípios como esses fossem ensinados e praticados desde cedo, estaríamos melhor preparados para viver bem, com mais saúde, felicidade e menos desigualdades. E esse é o poder da educação: gerar reflexão, conscientização, mobilização e, acima de tudo, ação. Organizações do terceiro setor, como o Instituto Phi, desempenham um papel fundamental nesse processo. Essa parceria não apenas reforça a missão institucional do Phi de promover um mundo mais justo e solidário, como fortalece a cultura de doação e a construção de uma sociedade mais colaborativa.

Ao investir na Educação para Gentileza e Generosidade, estamos investindo em infraestrutura pró-social e em redes de inteligência coletiva, capazes de transformar realidades. Junte-se a nós nessa mudança: conheça, aplique, multiplique e apoie essa causa. Quer viver melhor e melhorar o mundo ao seu redor? Agora é a hora de agir: Educação para Gentileza e Generosidade.

Sobre as autoras:

Luiza Serpa é fundadora e diretora executiva do Phi e colunista mensal do Observatório do Terceiro Setor, onde escreve sobre filantropias ativas.

Marina Pechlivanis é sócia da Umbigo do Mundo e idealizadora da Plataforma de Educação para Gentileza e Generosidade

Este artigo foi originalmente publicado no Observatório do Terceiro Setor. Você pode conferi-lo na íntegra no site do Observatório: https://observatorio3setor.org.br/se-gentileza-e-generosidade-fossem-ensinadas-desde-cedo-estariamos-melhor-preparados-para-a-vida/ 

Dicas de filmes, livros e mais – Agosto 2025

Agosto chegou, e com ele uma nova oportunidade de renovar ideias, repensar práticas e se inspirar com conteúdos que fortalecem quem atua no terceiro setor. Selecionamos livros, filmes, podcasts e séries que abordam temas essenciais como justiça social, inovação, gestão, equidade e transformação coletiva.

Confira a seleção e compartilhe com sua rede!

Livro

Como mudar o mundo

Autor:John-Paul Flintoff

Em Como mudar o mundo, o jornalista e ativista John-Paul Flintoff mostra que qualquer pessoa — com recursos limitados, ideias simples e muita vontade — pode provocar mudanças significativas na sociedade. Com uma linguagem leve e direta, o autor compartilha histórias inspiradoras de gente comum que decidiu agir diante de injustiças, crises ambientais e desigualdades sociais.

Flintoff desafia a ideia de que só grandes líderes ou ONGs estruturadas têm o poder de transformar o mundo. Pelo contrário: pequenas ações cotidianas, quando guiadas por propósito e consistência, podem desencadear grandes transformações. O livro também propõe reflexões práticas sobre responsabilidade individual, engajamento comunitário e criatividade como motor de mudança.

Uma leitura rápida, provocadora e otimista, perfeita para quem quer fazer a diferença — seja dentro de uma organização, em sua comunidade ou na própria rotina.

Saiba mais

 

Filme

Privacidade Hackeada (2019)

Direção: Jehane Noujaim e Karim Amer
Disponível na Netflix 

O documentário investiga o escândalo envolvendo a Cambridge Analytica e o Facebook, revelando como dados pessoais de milhões de usuários foram coletados e utilizados para influenciar eleições e campanhas políticas nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Por meio das narrativas de um professor que busca recuperar seus dados hackeados, uma ex-funcionária da empresa e a jornalista investigativa que denunciou o caso, o filme expõe os mecanismos de microtargeting e manipulação psicológica em massa. A partir dessas histórias entrelaçadas, a produção mostra o impacto do uso indevido de dados pessoais na política contemporânea.

O documentário vai além da denúncia: convida a uma profunda reflexão sobre a vulnerabilidade digital, os limites da democracia e a urgência de repensar políticas de privacidade e direitos humanos na era da informação

Série

Explicando

Explicando é uma série documental da Netflix, produzida em parceria com a Vox Media, que se propõe a abordar com clareza e profundidade os temas mais relevantes da atualidade. Cada episódio, com duração média entre 16 e 26 minutos, mergulha em um assunto distinto — como desigualdade salarial, criptomoedas, saúde mental, K-pop, dietas da moda, astrologia ou monogamia — e os apresenta de forma acessível e instigante, com base em entrevistas com especialistas e dados atualizados. A proposta da série é simples, mas poderosa: educar com dinamismo, sem abrir mão do rigor jornalístico. A linguagem visual moderna, inspirada no estilo ágil das redes sociais, torna os episódios visualmente atraentes e didáticos. Além disso, a narração muda a cada episódio, o que traz variedade e mantém o interesse do público.

Podcast

Tá captando? com Daiane Dultra

Apresentado por Daiane Dultra, diretora da Painá, o Tá, Captando? é um podcast que mergulha nos temas mais atuais da captação de recursos, com conversas leves e profundas com convidados e convidadas que vivem o dia a dia do terceiro setor.

Parte de um projeto maior de democratização do conhecimento, o podcast busca tornar a captação mais acessível e inovadora, apoiando organizações sociais que buscam fortalecer sua sustentabilidade e autonomia financeira.

Ideal para quem quer aprender, se atualizar e transformar suas práticas de mobilização de recursos.

Ouça o podcast: https://open.spotify.com/show/7gdGoe4LYUCdlZa7d4xbfQ

Plataforma de Patrocínios Claro

A Claro apoia iniciativas que geram valor para a sociedade e promovem conexões por meio da cultura, do esporte, da inovação e dos negócios. O objetivo é contribuir para experiências que impactam o presente e ajudam a construir o futuro.

Onde a Claro atua:

  • Cultura: eventos como shows, festivais, cinema, teatro, gastronomia e cultura pop.

  • Esporte: tênis, automobilismo, e-sports, corridas de rua e futebol.

  • Inovação & Negócios: ações de empreendedorismo, inclusão digital e sustentabilidade.

Acesse o link e saiba mais: https://www.claro.com.br/institucional/patrocinios

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Pesquisa Doação Brasil 2024 – IDIS

Conheça os resultados da 4ª edição da maior pesquisa nacional sobre hábitos de doação, coordenada pelo IDIS e realizada pela Ipsos. Este ano, o estudo traz um capítulo inédito sobre doações emergenciais, revelando tendências e comportamentos que moldam a cultura de doação no país.

Você sabia?

  • 78% dos brasileiros doaram em 2024
  • 43% doaram dinheiro para ONGs, campanhas ou grupos organizados
  • 49% já deixaram de fazer doação porque viram alguma notícia negativa
  • 50% doaram para situações emergenciais

📖 A publicação completa está disponível em: https://pesquisadoacaobrasil.org.br/

 

 

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Artigo Observatório do Terceiro Setor: ‘Faça o que eu digo e o que eu faço’: boas práticas, mesmo para pequenas OSCs

No universo do terceiro setor, adotar boas práticas de governança, transparência e sustentabilidade não é apenas uma questão ética, mas uma forma de garantir a confiança e o resultado duradouro da organização. Muitas práticas são acessíveis e podem ser adotadas mesmo por OSCs pequenas, que buscam aprimorar sua gestão e atuar de forma responsável. A seguir, compartilho algumas dessas práticas que, no Phi, temos adotado com sucesso. Espero que seja uma boa forma de inspirar outras organizações a fazerem não só o que eu digo, mas também o que eu faço.

Governança e Transparência: Uma boa governança começa com uma estrutura clara e eficaz. No Instituto Phi, sabemos que prestar contas de forma clara e acessível é crucial para manter a confiança de doadores, beneficiários e da sociedade. Por isso, além de uma governança bem definida, contratamos uma auditoria externa para revisar nossas demonstrações contábeis. Disponibilizamos nossos relatórios anuais, balanços financeiros e auditorias de forma pública e acessível em nossa página de Transparência, para garantir que qualquer pessoa possa acompanhar como gerenciamos os recursos recebidos. Se ainda não tem recursos para essa contratação, que tal tentar se candidatar em alguns programas pro bono de empresas de auditoria?

Compliance, a integridade em ação: Para uma gestão responsável, é essencial ter mecanismos que garantam a integridade das operações e a identificação de riscos potenciais. No Instituto Phi, criamos uma área de compliance e política anticorrupção em nosso site com um Canal de denúncias, permitindo que funcionários, parceiros e até mesmo a comunidade possam reportar de forma anônima qualquer situação de fraude, corrupção, assédio ou discriminação. Contamos com um Comitê de Ética formado por membros internos e externos para garantir imparcialidade nas análises e ações relacionadas a essas denúncias.

Integrar o Pacto Global: Em 2024, o Instituto Phi se uniu ao Pacto Global da ONU, um movimento que visa alinhar operações às melhores práticas globais em direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Ao ingressar no Pacto, o Instituto se compromete a reportar anualmente seus progressos em relação aos 10 Princípios Universais, incentivando a evolução constante e a adoção de práticas cada vez mais responsáveis e sustentáveis. As organizações que quiserem fazer parte do Pacto Global podem encontrar mais informações em pactoglobal.org.br.

Reduzir o consumo e reciclar: Reduzir o desperdício e promover a reciclagem não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para preservar os recursos naturais. No Instituto Phi, adotamos práticas simples, como a parceria com o Ciclo Orgânico, um negócio social que coleta resíduos orgânicos do nosso escritório e os transforma em adubo para o solo. A cada semana, recebemos um novo balde vazio, enquanto o balde cheio de resíduos orgânicos é levado para compostagem, contribuindo para a redução de lixo em aterros.

Compensando o impacto ambiental: Reconhecemos que até mesmo as operações mais sustentáveis têm impacto no meio ambiente, especialmente quando se trata das emissões de carbono. No Instituto Phi, compensamos as nossas emissões adquirindo créditos de carbono por meio da plataforma Compensa, que calcula a pegada ecológica do nosso escritório. Escolhemos um projeto de reflorestamento na Amazônia para neutralizar nossas emissões, contribuindo ativamente para a preservação ambiental.

Luiza Serpa é fundadora e diretora executiva do Phi e colunista mensal do Observatório do Terceiro Setor, onde escreve sobre filantropias ativas. Este artigo foi originalmente publicado no Observatório do Terceiro Setor. Você pode conferi-lo na íntegra no site do Observatório: https://observatorio3setor.org.br/faca-o-que-eu-digo-e-o-que-eu-faco-boas-praticas-mesmo-para-pequenas-oscs/

 

Em entrevista para a Revista Agora, Luiza Serpa fala sobre o presente e futuro da filantropia

Luiza Serpa, fundadora e diretora executiva do Instituto Phi, foi destaque na edição de julho da Revista Agora, da Ago Social. Na entrevista, ela compartilhou reflexões sobre o presente e o futuro da filantropia. Confira!

O PRESENTE E O FUTURO DA FILANTROPIA
Com Luiza Serpa
Por Fabíola Melo

 

Luiza Serpa fala sobre os desafios da cultura de doação no Brasil e o amadurecimento do setor

Há mais de uma década realizando um trabalho indispensável de interlocução entre doadores, investidores e projetos sociais, o Instituto Phi atua hoje a partir da ideia de “filantropia ativa”, um termo que representa uma filantropia buscando encontrar novos caminhos para trazer mais gente para perto, que pode ser surpreendida e tentar cobrir lacunas que existem. O que se representa também no papel do Phi, que une o que cria soluções sociais e metodologias com o que viabiliza esses recursos e os impulsiona.

Nesta entrevista, Luiza Serpa, fundadora e diretora do Instituto Phi, reflete sobre o amadurecimento da cultura da doação no Brasil, os desafios e a sustentabilidade no terceiro setor e se considera otimista para o futuro.

Ao longo de onze anos, quais certezas se consolidaram para você a respeito da geração de impacto?
O que eu gosto sempre de dizer é que já sabia, mas agora consigo comprovar: dentro do setor, a maioria é de pessoas boas, tentando fazer o melhor possível dentro de cada realidade. Essa constatação é muito importante para não haver nenhuma dúvida quanto à importância e à capacidade das organizações sociais no Brasil. A gente está falando de lideranças comunitárias que conseguem fazer muito com muito pouco. Imagine se essas pessoas tivessem mais oportunidades, o potencial seria ainda maior. Outra certeza é de que a relação muito próxima que nós temos com os projetos é a melhor forma de fortalecê-los. Além disso, precisamos deixar que eles mostrem quais são os caminhos (em vez de chegarmos com uma receita pronta) e estarmos ali para dar suporte.

Quais mudanças significativas na filantropia você percebeu nesses últimos anos? Podemos dizer que a cultura de doação amadureceu no Brasil?
Sim, de forma mais lenta do que gostaríamos, mas acredito que sim. Nós falamos muito mais dessas temáticas hoje do que se falava há dez anos. Vejo evolução até mesmo pelos números do Phi: ao longo do tempo, o crescimento de doadores e do valor financeiro mostra que mais gente está se importando e buscando caminhos. Outro fato é que o setor vem se profissionalizando e se consolidando. E ainda, temos o fato de que muitos empresários já entendem que não dá mais para ficar de fora da conversa. Eu acredito também que as novas gerações começam a influenciar as decisões dos negócios, da família, e estão preocupadas se haverá futuro. Sem contar no milhões de mulheres nessa transição! Portanto, eu confio nessa mudança de mãos do dinheiro.

Quais você considera os maiores obstáculos para a filantropia hoje no Brasil?
O primeiro é o egoísmo do ser humano, de maneira geral. Talvez um grande medo de escassez, o que faz com que, mesmo tendo muito, a pessoa continue acumulando. Essa é uma grande barreira, essa falta de consciência a respeito dos danos causados pela desigualdade absurda em que vivemos. Tudo isso foi historicamente construído, causando um enorme distanciamento do senso de coletividade. Vai da educação, é questão de consciência e valores pessoais (eu gasto no final de semana uma fortuna em uma garrafa de vinho, mas o mesmo valor para outra coisa, acho demais). Outra questão é que não temos leis no país que incentivem a doação. Mas, se de fato, a gente estivesse preocupado com isso, essas leis seriam criadas. Uma sociedade que se preocupe e queira uma mudança vai criar os ambientes favoráveis para isso, assim como algumas coisas já avançaram nesse sentido.

Quais tendências você acredita que vão marcar o futuro da filantropia e do investimento social privado no Brasil?
As doações coletivas podem ser uma tendência — quando grupos se juntam para doar a alguma causa ou projeto específico. Também estamos avançando muito para a filantropia baseada em confiança, reduzindo a burocracia e a sobrecarga para uma organização social prestar contas. No Phi, passamos muito tempo repensando esse formato para reduzir um pouco essa carga. A mudança de geração que está vindo também deve trazer novas tendências. Outro fator são as emergências ligadas às mudanças climáticas. A consciência coletiva de que elas mudam completamente um determinado lugar e afetam a todos pode ser um caminho. Acredito, ainda, que as pequenas e médias empresas também passarão a doar, percebendo que não são somente as grandes corporações que podem fazer isso. Por fim, tem uma tendência de que outras organizações semelhantes comecem a se aproximar, também propondo novos formatos de atuação e colaboração.

Como aproximar a filantropia e o investimento social privado da construção de modelos de sustentabilidade para as organizações sociais?
Essa é uma discussão antiga, mas acredito que também avançamos nessas conversas para entender que uma organização bem estruturada consegue ter melhores resultados. Os apoios pontuais não sustentam ninguém. Essa discussão já se ampliou, o que faz parte da construção de uma filantropia e de uma cultura de doação mais sólida. Havia muito medo de se falar sobre isso, até para não perder a doação completa, e as organizações ainda têm receio e dificuldade de mostrar os custos reais. A gente vive muito isso no Phi: a própria organização vai negligenciando o ideal de custos para ela funcionar bem, porque sente que pode ser uma afronta citar o valor real. Só que os doadores são pessoas que vivem no mundo real e sabem o quanto as coisas custam. Por isso, é muito ruim deixar de ter conversas francas sobre os custos. Falar sobre isso de forma transparente, além de ter esses cálculos de custos bem feitos internamente, são um bom caminho.

Como você vê essas atuações em rede? Qual é a importância dessa prática?

Eu concordo totalmente com o que se diz: que este é o único caminho possível, trabalhar em rede, se fortalecer e fazer juntos. Só que, na hora 

de sentar à mesa para colocar em prática, isso funciona mal. Acontece porque, no final das contas, cada um está olhando para o próprio umbigo, querendo salvar a sua própria organização ou ter uma ideia que se destaque mais. O ego atrapalha a construção coletiva. Muita gente já está mudando essa mentalidade, tentando encontrar pontos comuns para o fortalecimento. É uma turma que tem menos necessidade de palco. Por isso, as colaborações que não aparecem muito, às vezes, são as que mais funcionam.

Para ler essa e outras matérias, acesse: https://conteudo.agosocial.com.br/revista-agora-assinatura-ed-impressa

 

Justiça tardia, mas essencial: a libertação de Antônia Edilene

Rio de Janeiro

Antônia Edilene, auxiliar administrativa de Fortaleza, viveu um pesadelo que durou quase três anos — e que começou com uma dor ainda maior: o abuso sexual sofrido por sua filha em 2012. O agressor, seu então companheiro, cometeu o crime de forma covarde, destruindo a confiança e a paz de uma família. Ao tomar conhecimento do que havia acontecido, Edilene agiu com a coragem de uma mãe: enfrentou o agressor,

foi até o local de trabalho dele, exigiu respostas, rompeu imediatamente o relacionamento e o expulsou de casa, proibindo qualquer novo contato com a filha.

Mesmo diante dessa atitude firme, quase dez anos depois, em 2021, Edilene foi surpreendida com uma condenação por omissão — sem provas concretas, sem depoimentos que a incriminassem. Foi presa injustamente, acusada de não ter feito o suficiente, quando, na verdade, foi a primeira a proteger sua filha.

Enquanto estava atrás das grades, sua filha, agora adulta, nunca desistiu. Procurou apoio na Defensoria Pública do Ceará e no Innocence Project Brasil — organização apoiada pelo Phi que busca reverter erros do judiciário — e juntos buscaram a verdade, reuniram provas e reconstruíram os fatos.

Em junho de 2022, o verdadeiro culpado foi preso no Rio de Janeiro e condenado a 14 anos de prisão. E, finalmente, em agosto de 2024, após dois anos e sete meses de dor e espera, Edilene foi libertada. Um mês depois, sua inocência foi reconhecida por unanimidade pelo Tribunal de Justiça do Ceará. A decisão destacou o trabalho exemplar da Defensoria e o compromisso com a reparação de uma profunda injustiça.

Hoje, Edilene é símbolo de resistência e fé na justiça — mesmo quando ela tarda a chegar.

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Uma nova vida longe da guerra: o recomeço de um jovem refugiado

Rio de Janeiro

Há cinco meses, Habibullah Shariatee, um jovem refugiado afegão de 20 anos, foi contratado para integrar a equipe do renomado Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Como assistente administrativo, o jovem, que chegou no Brasil em 2023, desempenha um papel fundamental no seu trabalho, dando suporte à organização, administração de documentos, protocolos e realizando tarefas administrativas gerais.


Sua jornada é um testemunho de sua resiliência. Habibullah veio ao Brasil com sua mãe, dois irmãos e uma irmã. Receberam apoio de organizações como a Estou Refugiado – apoiada pelo Phi, onde viveram num coliving –, além da Missão Paz e do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM). Com dedicação, todos aprenderam o português com fluência e, agora, estão empregados.


Essa conquista é ainda mais significativa porque hoje já moram em um apartamento mantido por eles mesmos, fruto de seu próprio esforço e trabalho, no bairro de Santa Cecília. Há cerca de dois meses, após uma longa espera para emissão de passaporte, o pai de Habibullah finalmente pôde se reunir com a família no Brasil.


“Saímos do Afeganistão em 2023, a vida era muito difícil por causa do Talibã, por causa da guerra e também mulheres não podiam estudar ou trabalhar”, conta Habib, destacando que atualmente sua irmã, mais velha, também trabalha no Albert Einstein, na área de Segurança da Informação.


“Estou gostando muito do Brasil. No meu país, terminei o Ensino Médio, e pretendo continuar a estudar, fazer faculdade. Tenho bons amigos aqui e não me tratam diferente por ser imigrante”.


Sua história não é apenas um relato de superação, mas um poderoso lembrete da importância da diversidade e inclusão no ambiente corporativo. Ao acolher profissionais refugiados, empresas como o Hospital Albert Einstein não apenas ajudam a transformar vidas — elas reafirmam seu compromisso com a responsabilidade social e a construção de um mundo mais justo e humano.

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Criado e desenvolvido pela Refinaria Design. Atualizado pela Sense Design.