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Tem um projeto incentivado com captação em 2025 e execução em 2026?

Você tem um projeto aprovado por Leis de Incentivo Fiscal e pronto para captar recursos em 2025, com execução prevista para 2026? Então atenção! 

A Rede D’Or está em busca de iniciativas que promovam o desenvolvimento social, ambiental, educacional e cultural em diversas regiões do país — e o seu projeto pode ser um deles.​

 Áreas de atuação:​
Alagoas, Bahia, Ceará, DF, Maranhão, MS, MG, Pará, Paraíba, Paraná, PE, RJ, SP e Sergipe​

Leis de Incentivo válidas:​
✔️ Fundo da Infância e Adolescência (FIA)​
✔️ Fundo do Idoso​
✔️ PRONON​
✔️ PRONAS​
✔️ Lei do ISS-RJ​
✔️ Lei do ISS-Salvador​

📝 Inscreva seu projeto até 30/09/2025 no formulário de curadoria da Rede D’Or e tenha a chance de ampliá-lo com o apoio de um parceiro comprometido com a transformação social.​

Acesse o link e preencha o formulário: https://forms.office.com/r/pk3CnNurxM​

 

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Dicas de filmes, livros e mais – Julho 2025

Em meio à correria do dia a dia, este é um bom momento para renovar ideias, ampliar repertórios e se inspirar com histórias que conectam saberes, territórios e transformações sociais.

Se você atua no terceiro setor, no investimento social ou em iniciativas comunitárias, essa seleção de livros, filmes, séries e podcasts foi feita para provocar reflexões, fortalecer práticas e alimentar a vontade de seguir fazendo a diferença.

São conteúdos que abordam temas como justiça social, equidade, educação, diversidade e engajamento comunitário – ideais para quem busca agir com mais consciência e propósito.

Livro

Quando me descobri negra

Autor: Bianca Santana

Com textos curtos, pessoais e impactantes, Bianca Santana narra sua jornada de autorreconhecimento como mulher negra em um país onde o racismo é cotidiano e velado. A obra mescla relatos autobiográficos, ficção e crítica social para abordar temas como letramento racial, aceitação do corpo, ancestralidade e desigualdades estruturais. Com a frase marcante “Tenho trinta anos, mas sou negra há dez”, a autora revela o impacto do racismo em diferentes contextos — da infância na escola à vida adulta no mercado de trabalho. A obra se tornou um marco na formação antirracista de leitores negros e brancos, inspirando o fortalecimento da identidade negra e o engajamento na luta por uma sociedade mais justa.

Saiba mais

 

Filme

A Cor Púrpura – 2023

Dirigido por Blitz Bazawule, com roteiro de Marcus Gardley, o longa é uma adaptação musical do romance de Alice Walker e do musical da Broadway, produzido por nomes como Oprah Winfrey, Steven Spielberg e Quincy Jones.

Neste drama musical ambientado no Sul dos Estados Unidos do início do século XX, acompanhamos a vida de Celie, interpretada por Fantasia Barrino, que sofre com abusos desde a infância e é forçada a se casar com um homem cruel.  A narrativa se desenrola ao longo de décadas, narrada por meio de cartas e transformada em uma trajetória de resiliência, sororidade e reinvenção pessoal.

Em sua jornada, Celie encontra apoio em mulheres como Shug Avery (Taraji P. Henson) e Sofia (Danielle Brooks), que juntas formam uma irmandade capaz de transformar suas vidas com afeto, coragem e poder coletivo

A produção se destaca pela combinação de drama intenso e números musicais vibrantes, reforçando uma narrativa sobre trauma, resistência e liberação emocional

Disponível  no streaming HBO MAX.

Podcast

Conecta Terceiro Setor – Escola Aberta do Terceiro Setor

Luiza Serpa, fundadora e diretora executiva do Phi, participou do episódio #115 – Conecta Desenvolvimento da prática da filantropia no Brasil do podcast Escola Aberta do Terceiro Setor. Durante a conversa, Luiza contou sobre a experiência do dia a dia do Instituto Phi e sugeriu melhoras práticas de governança, gestão e captação de recursos para as Organizações da Sociedade Civil.

Ouça o episódio: https://open.spotify.com/episode/3Yc7Do6Q8pwyh1gK0cZVj0?si=1bVCuoqZS2G26uI-vioPLA

Artigo Observatório do Terceiro Setor: Tendências da filantropia para 2025: o futuro do impacto social

filantropia está em constante transformação, ajustando-se às novas exigências sociais, políticas e ambientais de um mundo em mudança. No Instituto Phi e nas redes filantrópicas globais das quais participo, vivencio um crescente movimento de organizações da sociedade civil (OSCs), empreendedores sociais e doadores que vêm adotando abordagens inovadoras para gerar um impacto mais duradouro e significativo nas comunidades.

Recentemente, participei de uma apresentação com o consultor e pesquisador na área de filantropia e investimento social, Cassio Aoqui, na qual ele apresentou tendências que estão moldando o papel da filantropia e que prometem se destacar em 2025, com atenção especial para o legado familiar e a convergência com práticas empresariais.

A questão climática, a promoção da diversidade, a participação comunitária e a justiça social são causas essenciais nesse cenário, mas existem muitas outras tendências emergentes. Convido você a refletir sobre essas mudanças e a explorar comigo as temáticas que estarão no centro da filantropia nos próximos anos. Confira a seguir:

  1. Apoio à infraestrutura de OSCs

O fortalecimento organizacional das OSCs é fundamental para garantir a sua eficácia e resiliência, especialmente em tempos desafiadores. Investir no desenvolvimento institucional dessas organizações, desde a captação de recursos até o cuidado com a saúde mental da equipe, é essencial para a continuidade do trabalho social de qualidade.

  1. Adoção de filantropia baseada em confiança (trust-based philanthropy)

A filantropia baseada em confiança visa reduzir a burocracia e promover a autonomia das organizações sociais. Com mais liberdade para implementar suas estratégias e projetos, elas se tornam mais ágeis na resposta às necessidades locais, criando um impacto mais rápido e sustentável. Esse modelo fortalece a relação entre doadores e beneficiários, baseando-se em confiança mútua para alcançar objetivos comuns. 

  1. Foco em doações multigeracionais

Ao envolver as novas gerações no processo de tomada de decisão, as doações representam inovação e adaptação às mudanças sociais e culturais. Isso também assegura que o impacto filantrópico tenha continuidade ao longo do tempo, ajudando a adaptar-se às necessidades emergentes das comunidades.

  1. Uso de Inteligência Artificial (IA)

A inteligência artificial se revela revolucionária na rastreabilidade e integridade dos dados de impacto e vem permitindo mapear demandas, agilizar respostas a emergências e tomar decisões mais assertivas por meio da análise de dados, otimizando recursos e ampliando o impacto social.

  1. Filantropia focada em diversidade, equidade e inclusão (DEI)

Ao priorizar práticas que promovam a promoção da diversidade, equidade e inclusão, a filantropia combate desigualdades sistêmicas, tornando a sociedade mais inclusiva e acessível para todos, independentemente de raça, gênero, classe ou identidade.

  1. Filantropia para questões climáticas

Com as crescentes preocupações em torno da sustentabilidade do planeta, a filantropia investe em iniciativas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, especialmente em comunidades vulneráveis, buscando garantir que as futuras gerações possam viver em um planeta mais saudável e resiliente.

  1. Integração de investimento de impacto

A integração de critérios ESG (ambientais, sociais e de governança) nas decisões filantrópicas é uma tendência crescente. O investimento de impacto visa combinar retorno financeiro com impacto social, alinhando os valores familiares e empresariais com investimentos que promovem mudanças positivas e duradouras.

  1. Filantropia colaborativa

A filantropia colaborativa envolve alianças entre doadores, organizações e outros parceiros para maximizar os recursos em causas comuns. Ao unir forças, os doadores podem criar um impacto maior, abordando questões urgentes como inclusão produtiva e insegurança alimentar de forma mais eficiente.

  1. Transparência e comunicação

A prática de uma comunicação ativa sobre metas, processos de doação e resultados alcançados reforça a confiança entre os doadores, as OSCs e as comunidades beneficiadas. A comunicação clara e aberta também fortalece a credibilidade das organizações, garantindo que as partes envolvidas compreendam o impacto e os resultados das iniciativas.

  1. Participação comunitária no grantmaking (decolonialidade)

A participação das comunidades nas decisões sobre doações e projetos filantrópicos é uma tendência crescente que garante que as pessoas afetadas pelos projetos tenham voz ativa nas escolhas que impactam suas vidas. Isso assegura que as estratégias filantrópicas sejam mais bem alinhadas às necessidades locais, promovendo uma abordagem mais inclusiva e eficaz.

  1. Justiça social como prioridade

justiça social emerge como uma das prioridades centrais na filantropia. Ao apoiar iniciativas que abordam desigualdades estruturais, a filantropia tem o poder de criar uma base mais justa e acessível para todos. A luta por equidade é fundamental para um futuro mais inclusivo e igualitário, onde todos tenham as mesmas oportunidades de prosperar.

  1. Desenvolvimento para economia digital

A capacitação em habilidades digitais para populações vulneráveis tem ganhado relevância na filantropia. Ao promover a inclusão digital, especialmente entre jovens e comunidades marginalizadas, a filantropia prepara essas populações para a economia do futuro, oferecendo novas oportunidades de emprego e aprendizado.

  1. Filantropia para grandes desafios

Envolve investimentos em soluções ambiciosas e inovadoras para problemas globais de difícil resolução. Esse tipo de filantropia tem o objetivo de promover avanços significativos em questões complexas, mesmo com riscos elevados. É uma abordagem que incentiva a ousadia e a busca por soluções disruptivas para os grandes desafios da humanidade.

  1. Envelhecimento da população

Com o aumento da expectativa de vida, é essencial promover o envelhecimento ativo, incentivar a participação cidadã e implementar estratégias focadas na prevenção de doenças, garantindo uma melhor qualidade de vida para a população idosa.

Luiza Serpa é fundadora e diretora executiva do Phi e colunista mensal do Observatório do Terceiro Setor, onde escreve sobre filantropias ativas. Este artigo foi originalmente publicado no Observatório do Terceiro Setor. Você pode conferi-lo na íntegra no site do Observatório: https://observatorio3setor.org.br/tendencias-da-filantropia-para-2025-o-futuro-do-impacto-social/

Artigo Observatório do Terceiro Setor: Divulgar doação não é exibição: é inspiração

Já ouviram dizer que “o que uma mão dá, a outra não precisa ver”? Muita gente acredita que filantropia precisa ser assim: discreta, quase secreta. E quando influenciadores mostram suas doações, as críticas logo aparecem, dizendo que estão “querendo likes” ou só buscando visibilidade. Mas será que compartilhar uma boa ação é algo ruim? Ou é, na verdade, uma forma de inspirar mais pessoas a fazerem o bem?

Quando alguém que a gente admira faz algo positivo, dá aquela vontade de fazer igual, não é? Isso não é só “achismo”. Estudos mostram que nos inspiramos nas pessoas ao nosso redor, especialmente naquelas que consideramos exemplos. Na psicologia, isso tem nome: é a Teoria da Aprendizagem Social, de Albert Bandura. Quando um influenciador ou pessoa pública compartilha uma doação, os seguidores veem essa atitude como algo bacana, um comportamento positivo que eles também podem querer adotar.

Para os críticos, ao mostrar a doação, o gesto perde a sinceridade. Mas, calma lá. Uma pesquisa sobre a relação entre doar e o bem-estar do doador (Happiness Runs in a Circular Motion: Evidence for a Positive Feedback Loop between Prosocial Spending and Happiness, de Aknin, Dunn e Norton) destaca que ver o impacto da doação potencializa os sentimentos positivos. A pessoa se sente bem ao se ver reconhecida por suas ações, e isso só multiplica a motivação para continuar. Qual o problema nisso?

Em seu livro Norms in the Wild, a pesquisadora Christina Bicchieri mostra que, quando as pessoas veem exemplos de comportamentos desejáveis — como doações e ajuda ao próximo —, isso reforça esses comportamentos como uma norma social. A sociedade, então, tende a adotar atitudes mais generosas e colaborativas, pois o exemplo visível atua como um lembrete e uma inspiração.

Outro estudo, de comunicação, feito por Berger e Milkman, descobriu que ações que despertam emoção, como doações e voluntariado, chamam mais atenção e geram mais engajamento nas redes. Quando uma causa aparece nas redes sociais, ela alcança muito mais gente e, aos poucos, é como se todos estivessem sendo incentivados a fazer parte. E isso é ouro para o setor social! É aquele efeito em cadeia: um compartilha, o outro vê, e a corrente cresce.

Quem me conhece sabe que sempre digo que meu sonho estará realizado quando as doações forem o tema das conversas nos jantares entre amigos. Assim, quando alguém disser que não doa para nenhuma causa, todos acharão essa pessoa estranha.

Quando você compartilha sua filantropia, está criando um ciclo do bem. E as redes sociais, onde todo mundo já está conectado, se tornam ferramentas incríveis para espalhar essas ideias. É educação social e inspiração de forma prática e acessível. Quem vê, se inspira. Quem se inspira, pode transformar!

Luiza Serpa é fundadora e diretora executiva do Phi e colunista mensal do Observatório do Terceiro Setor, onde escreve sobre filantropias ativas. Este artigo foi originalmente publicado no Observatório do Terceiro Setor. Você pode conferi-lo na íntegra no site do Observatório: https://observatorio3setor.org.br/divulgar-doacao-nao-e-exibicao-e-inspiracao/

Case Futuro Bem Maior – Movimento Bem Maior

Movimento Bem Maior (MBM) lançou o Case Institucional do Futuro Bem Maior, reunindo dados e histórias de impacto das três primeiras edições do programa realizado desde 2019, em parceria com o Instituto Phi e o Instituto Phomenta.

A iniciativa já apoiou 166 organizações em 72 municípios, com recursos flexíveis, capacitações e acompanhamento técnico. Os resultados mostram que:

  • 83,5% mantiveram os projetos após o ciclo de apoio

  • 80% ganharam visibilidade nas comunidades

  • 76,1% melhoraram o atendimento ao público

  • 73,8% aprimoraram capacidades técnicas

  • 77% fortaleceram a autoestima institucional

O case reforça a potência da filantropia baseada em confiança, ao descentralizar recursos e apostar em quem vive os desafios nos territórios.


📖 A publicação está disponível em: movimentobemmaior.org.br/case-futuro-bem-maior

 

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Girls Opportunity Alliance Fund

Promovido pela Fundação Obama, o fundo apoia organizações da sociedade civil que atuam com educação de meninas, equidade de gênero e liderança feminina em territórios locais. A chamada é uma manifestação de interesse para futuras oportunidades de apoio financeiro a projetos transformadores.

Destaques do apoio:

  • Possibilidade de recursos flexíveis para ações estruturantes

  • Conexão com rede internacional de organizações

  • Fortalecimento institucional e de lideranças femininas locais

Critérios de seleção:

  • Atuação com educação de meninas, equidade de gênero e/ou liderança feminina

  • Inserção comunitária ou territorial

  • Potencial de impacto real e transformador

  • Capacidade básica de gestão de projetos

  • Compromisso com direitos humanos, diversidade e interseccionalidade

  • Iniciativas inovadoras ou com potencial de replicação

⚠️ Ainda não foram divulgados valores ou prazos específicos, mas as organizações interessadas devem preencher o formulário de manifestação de interesse.

Saiba mais em: https://conjunta.org/recurso-financeiro/girls-opportunity-alliance-fund/

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Chamada Aberta Instituto ACP – Fortalecimento Institucional de OSCs

O Instituto ACP lançou uma chamada contínua para apoiar iniciativas que fortaleçam o desenvolvimento institucional de organizações da sociedade civil (OSCs). A proposta integra sua estratégia de advocacy e busca consolidar essa pauta como cultura no Investimento Social Privado e na filantropia brasileira.

Quem pode participar:

  • Iniciativas já em curso (não inéditas), que:

    1. Contribuam para o fortalecimento institucional de OSCs;

    2. Sejam cofinanciadas;

    3. Se enquadrem como campanha, evento, curso, pesquisa, plataforma ou negócio de impacto.

Limites e critérios:

  • Não apoiam o desenvolvimento institucional da proponente;

  • Não aceitam pedidos acima de R$100 mil;

  • Preferem iniciativas de fora do eixo Rio-SP e/ou lideradas por pessoas não brancas.

Prazos:

  • A chamada é contínua, sem data de encerramento. O retorno sobre as propostas será feito de forma progressiva ao longo do ano.

  • Cada iniciativa deve ser enviada em um formulário separado.

🔗 Preenchimento obrigatório do formulário de mapeamento para participar.

Saiba mais em: https://lp.simbi.social/iacp

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Artigo Observatório do Terceiro Setor: O que aprendi em 10 anos liderando uma organização social

Mesmo quando uma organização tem um ótimo desempenho, reservar um tempo para refletir e, se preciso, fazer mudanças em processos estabelecidos, pode ajudar os líderes a navegarem até mesmo nos mares mais bravos. Especialmente quando completamos alguns marcos na nossa vida, fica impossível não parar para fazer esse balanço. Eu fiz e compartilho aqui minhas 14 lições mais valiosas.

  • Aprendi que o tempo passa muito rápido e atropela as ideias. Isso quer dizer que sentamos e planejamos mil coisas, mas somos engolidos na rotina do dia a dia, deixando uma pilha de sonhos engavetados. Esforce-se para tirá-los da gaveta!
  • Aprendi que a vaidade destrói lindas ideias e parcerias. Não importa o quão inteligentes as pessoas acham que são, elas devem estar sempre abertas a mudanças e prontas para se adaptar. Precisamos aplicar essa perspectiva com financiadores, parceiros e aqueles a quem servimos. 
  • Aprendi que nesse setor alguns grupos se protegem entre si para que os novatos não tragam suas novas ideias e balancem o coreto. Mas aprendi também que as parcerias certas podem mover montanhas! Não se deixem intimidar!
  • Aprendi que quem está na ponta sabe o que faz e faz muito bem feito com pouco ou nenhum recurso. São essas experiências que podem se tornar modelo para políticas públicas eficazes.
  • Aprendi que a vida não é justa. Quem tem dinheiro consegue testar e errar, até acertar. Para quem não tem, fica difícil até se mover. Este é o tamanho do desafio que a maioria das ONGs enfrentam: para que possam executar seus projetos com qualidade, é fundamental que invistam nas suas estruturas.
  • Aprendi que ter alguém que confia em seu potencial faz toda a diferença e traz resultados. Os processos criativos precisam de espaços flexíveis, onde é possível se mover livremente e até errar: um erro serve para “adubar o terreno” em que novas ideias surgirão.
  • Aprendi a não acreditar em tudo que vejo nas mídias e redes sociais e a nunca comparar o meu trabalho com essas imagens fantasiosas. Organizações que investem na busca incondicional pelo view são como castelos de areia. Uma hora caem, pois são vazias.
  • Aprendi que liderar é solitário, mas quando você encontra um grupo de confiança as trocas são incríveis! Encontros para trocas simples pode oferecer ideias e soluções que não estão no radar nem mesmo dos tomadores de decisão mais bem-intencionados. 
  • Aprendi a perseguir o autocuidado. Lideranças do terceiro setor costumam enfrentar uma rotina exaustiva, abraçando múltiplos papéis e frequentemente se sentindo isolados. Mas os intervalos, além de fundamentais para preservar a saúde física e emocional, são fontes de inspiração para desafios organizacionais.
  • Aprendi que muita gente precisa criar projetos autorais, mesmo que sejam cópias recauchutadas de antigas ideias. Todos nós queremos ter a próxima grande ideia. Às vezes, devido ao tempo e aos recursos, isso simplesmente não é possível. Se sua ideia não for nova ou criativa, mas funcionar bem para atingir um público-chave e reunir doações, isso é perfeitamente bom!
  • Aprendi que trabalhar duro é para poucos. Encontre esses poucos. Há uma frase na música “Circle of Life”, de Elton John (em O Rei Leão!) que diz que “há mais para se fazer do que pode ser feito”. Por tanto,  é somente assim, com trabalho duro, que você alimenta a mudança contra todas as probabilidades.
  • Aprendi que sempre serei vilã na história de alguém e já durmo bem com isso. Portanto, quebre o máximo de barreiras que puder e está tudo bem se alguém não gostou!
  • Aprendi a não julgar pessoas que vivem em realidades completamente diferentes de mim e a ser empática a isso.  É preciso humildade para manter a mente e o coração abertos para criar espaço dentro de si para o aprendizado contínuo.
  • Aprendi a ser fiel às minhas crenças e a dizer mais nãos. Ao entrar no terceiro setor, fiquei surpresa ao ver que nem todo mundo está realmente alinhado com os valores de sua missão. Para mim, proteger a humanidade é uma responsabilidade de tempo integral.

Luiza Serpa é fundadora e diretora executiva do Phi e colunista mensal do Observatório do Terceiro Setor, onde escreve sobre filantropias ativas. Este artigo foi originalmente publicado no Observatório do Terceiro Setor. Você pode conferi-lo na íntegra no site do Observatório: https://observatorio3setor.org.br/o-que-aprendi-em-10-anos-liderando-uma-organizacao-social/

Artigo Observatório do Terceiro Setor: O que é Venture Philanthropy?

Quando ouvi o termo “Venture Philanthropy” pela primeira vez, fui logo fazer a tradução para o português e achei interessante. “Filantropia de risco”: tá aí, gostei. Mas, me envolvendo mais com o termo, fui entendendo que se tratava na verdade de um grande guarda-chuva para tudo que se relaciona com impacto.

Com o tempo, foi começando a ficar mais fácil entender. Embaixo deste guarda-chuva, existe uma grande régua de possibilidades – desde a filantropia tradicional, passando pela blended finance, que une filantropia e investimento, chegando ao investimento em negócios – destacando-se que, em primeiro lugar, está sempre o impacto sócio ambiental.

O conceito é um convite à colaboração e à inclusão para causar impacto. E foi assim, dizendo que “o dinheiro por si só não gerará mudanças sociais”, que a CEO da Latimpacto Carolina Suárez abriu a 3ª edição Impact Minds 2024, a conferência da rede vinculada a um movimento global de Venture Philanthropy para filantropos de risco na América Latina e no Caribe. O evento reuniu mais de 650 participantes de 36 países, representando 210 organizações, em Oaxaca, México, de 9 a 12 de setembro.

Tive a oportunidade de conduzir, no evento, a palestra “Êxitos na Filantropia: histórias de sucesso na Venture Philanthropy”, contando como pouco dinheiro pode impactar organizações menores, que passam a triplicar seus resultados. Um destaque do conceito é que ele traz modelos de financiamento personalizado e com medição do impacto de ações socioambientais, além de valorizar o apoio estratégico, tão importante para a consolidação de organizações e negócios de impacto.

Podemos notar que um diferencial na abordagem são o comprometimento a longo prazo e a proximidade entre os financiadores e as organizações, garantindo que sejam mais resilientes, consolidadas e sustentáveis, com o objetivo de gerar mudanças sistêmicas. Outra característica é uma maior tolerância a assumir riscos, ajudando a fortalecer as entidades e negócios sociais e incentivando soluções disruptivas para problemas socioambientais complexos.

Marcada por grandes contrastes, a América Latina tem imensas questões sociais, econômicas e ambientais, mas também uma economia pujante e uma rede consolidada de organizações da sociedade civil e empreendedores sociais, com soluções inovadoras e criativas para enfrentar estes desafios.

O interessante do conceito é que ele atrai todo tipo de perfil de investidores para impacto, desde os mais conservadores até os mais progressistas. A Latimpacto foi fundada há quatro anos, justamente com o compromisso de dar suporte na promoção de uma maior diversidade para aplicação deste capital. A percepção é de um ecossistema com muitas oportunidades de articulação e desenvolvimento.

Com baixa colocação na última edição do World Giving Index – o ranking mundial de solidariedade – o Brasil precisa inspirar novos atores e incentivar novas conexões intersetoriais. Em 2024, o ficamos na posição 86, com doações para ONGs praticada por apenas 29% da população. Fica, então, o convite para que investidores sociais, de um lado, e todo o ecossistema social brasileiro, de outro, possamos nos unir para reduzir as desigualdades na nossa região.

 

Luiza Serpa é fundadora e diretora executiva do Phi e colunista mensal do Observatório do Terceiro Setor, onde escreve sobre filantropias ativas. Este artigo foi originalmente publicado no Observatório do Terceiro Setor. Você pode conferi-lo na íntegra no site do Observatório: https://observatorio3setor.org.br/o-que-e-venture-philanthropy/ 

FID – Fundo de Inovação para o Desenvolvimento

O FID – Fund for Innovation in Development apoia projetos inovadores com foco em impacto social e econômico, oferecendo financiamentos entre €50 mil e €4 milhões (aproximadamente R$ 275 mil a R$ 22 milhões), de acordo com a etapa do projeto — da ideia inicial à implementação em larga escala.

A chamada está aberta o ano todo e organizações de qualquer porte podem participar. As propostas devem apresentar potencial de impacto, custo-benefício e escalabilidade. O fundo incentiva parcerias entre OSCs, pesquisadores, governos e setor privado.

Uma ótima oportunidade para quem quer desenvolver soluções transformadoras com apoio financeiro e técnico.

Saiba mais em: https://fundinnovation.dev/en/launch-project

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Oportunidade de financiamento: Dory Foundation

A Dory Foundation oferece apoio a iniciativas promissoras e em estágio inicial, com doações entre US$ 10 mil e US$ 250 mil.  Não há restrição temática: o foco está em projetos que possam construir um futuro melhor — especialmente diante de um mundo em que a inteligência artificial transformará profundamente o trabalho.

Se sua organização está atuando de forma relevante e inovadora, a fundação está aberta a apoiar com recursos financeiros livres de amarras (unrestricted grants).

Saiba mais em: https://www.doryfund.org/

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Pesquisa Desafio das ONGs – Instituto Phomenta

Quais são os maiores desafios das ONGs no Brasil?
Se sua organização enfrenta dificuldades para captar recursos, formar uma equipe qualificada ou conquistar visibilidade, saiba que você não está sozinho.

Na Pesquisa Desafio das ONGs, o Instituto Phomenta, ouviu mais de 400 ONGs de todo o país e reuniu os principais obstáculos do Terceiro Setor, além de caminhos para enfrentá-los com mais sustentabilidade.

Acesse dados exclusivos, reflita sobre estratégias possíveis e conecte-se com quem também vive a realidade do setor social.

Saiba mais: Instituto Phomenta

 

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